Rebeca Exaustos, desabamos na cama. Minha pele estava suada, meu corpo ainda formigando de prazer. Ele me puxou para seus braços, seu calor me envolvendo. — Nem pense em dormir, ainda não acabei com você — ele murmurou, sua voz preguiçosa e carregada de promessas. Soltei uma risada fraca. — Amor, estou exausta... posso dormir um pouco? A palavra escapou sem que eu percebesse, e meu coração disparou. "Amor". Chamei o turco que mal conheço de amor. Ele levantou o rosto, seu olhar me analisando por um longo momento antes de sorrir de lado. — Está bem — disse, relutante. Me aconcheguei contra ele, ouvindo os batimentos fortes de seu coração. A forma como ele me segurava, o jeito que sua voz soava possessiva, mas também carinhosa... Meu Deus, eu estava me apaixonando. — Eu queria ficar assim para sempre, nos seus braços. — Eu também, minha linda — ele respondeu, antes de selar nossos lábios em um beijo lento e profundo. Por um momento, esqueci de tudo. Da noiva dele. Da realidad
Rebeca O silêncio no quarto é cortado apenas pela nossa respiração entrecortada. O calor dos nossos corpos ainda se mistura, mas meu coração está inquieto. Sinto as lágrimas deslizando pelo meu rosto antes mesmo de perceber que estou chorando. — Por que você está chorando, minha linda? — Rahmi pergunta, deitado ao meu lado, seus dedos acariciando minha pele com ternura. Forço um sorriso, tentando esconder a dor que insiste em se alojar em meu peito. — Nada, não se preocupe! — respondo, desviando o olhar. Mas ele me conhece bem demais. Seus olhos me analisam com intensidade, e logo o desejo volta a se manifestar. Ele me toma com paixão, seus beijos famintos percorrem meu corpo, e em um instante, estamos novamente entregues ao prazer. Cada movimento dele dentro de mim é uma mistura de desejo e desespero, como se quisesse se gravar em minha alma. E então, o clímax nos arrasta juntos, nos fazendo esquecer por um breve momento o caos que nos cerca. Ainda ofegantes, me perco na profu
Rebeca Quando entrei no quarto, imaginei que Letícia já estivesse pronta. Mas, para minha surpresa, ela ainda dormia profundamente e a loira também não dava sinal de vida. Aquilo me pareceu estranho. Caminhei até a cama e a sacudi levemente. — Acorda, Letícia. — Ela despertou num sobressalto, os olhos verdes arregalados. — Mudança de planos. Vamos ficar mais um dia. — COMO ASSIM NÃO VAMOS HOJE? — gritei, chocada. Ela piscou, tentando processar a informação. — Adiamos nossa passagem. Decidimos aproveitar mais um pouco e explorar Istambul com calma. — E esqueceram de me avisar? — Você estava ocupada com seu deus grego. — respondeu com um sorriso debochado. Acabei rindo. A referência exagerada me divertiu. — Você é sortuda, amiga. Aquele homem é louco por você. — Eu sei... — suspirei. — Mas tenho certeza de que você também vai encontrar alguém que te ame. É só uma questão de tempo. Em vez de ligar para o homem que tinha roubado meu coração e agora insistia em ocupar cada cant
Rahmi Já faz três meses que só me comunico com minha Pérola Negra por telefone e vídeo. Por mais que a tecnologia nos aproxime, nada se compara ao toque, ao cheiro e à presença física dela. Sinto falta de sua pele contra a minha, do seu calor, dos nossos momentos íntimos que vão muito além de uma chamada de vídeo. A saudade tem sido uma companheira constante e cruel. Minha irmã e eu fomos convidados para o casamento do meu amigo Roberto com Camila, no Brasil. Nathifa ficou animada com a viagem, confirmou presença sem pestanejar. Ahmed também vem, acompanhado da nova namorada será a primeira vez que os dois pisarão em solo brasileiro. No momento, estamos a caminho do Rio de Janeiro. No avião, percebo que minha irmã está mais calada do que o normal. Estranho, considerando o entusiasmo dela com essa viagem. Mas, para ser honesto, minha atenção está em outra direção. Só consigo pensar nela. Rebeca. A mulher que virou meu mundo de cabeça para baixo. Quero abraçá-la, beijá-la, tê-la em me
Rebeca Todas estávamos nos preparando com capricho. Meu vestido era longo, elegante, com um decote em V que valorizava minhas costas. Letícia usava um modelo idêntico, mas em outro tom, igualmente deslumbrante. O par dela seria o irmão de Camila, que mora fora do Brasil e veio exclusivamente para o casamento da meia-irmã. Ele é casado, tem dois filhos, mas a esposa não pôde comparecer. Assim que terminamos, fomos ajudar a noiva, grávida e radiante. Ela estava linda, com um brilho especial que só a maternidade proporciona. Os convidados já estavam acomodados em seus lugares. Virei para Nathifa e perguntei: — Ele já chegou? — Claro que sim. — Será que vai surtar me vendo com outro? — Com toda certeza, cunhada — respondeu com um sorriso malicioso. Vitor apareceu animado: — Vocês estão um espetáculo! Rebeca, minha doçura, você está de tirar o fôlego. — Pelo amor de Deus, não me chama assim na frente do meu turco, ou você sai daqui sem dentes. — E sem os olhos — completou Nath
Rebeca Dois meses. Esse foi o tempo exato desde a última vez que falei com Rahmi. Ou melhor, desde a última vez que tentei. Ele simplesmente parou de responder. E quanto mais o silêncio se prolonga, mais me pergunto: por que eu deveria continuar tentando? Por que me preocupar com alguém que claramente não se importa? Voltei a dançar. Confesso que exagerei um pouco na bebida naquela noite nada que me deixasse fora de mim, apenas o suficiente para relaxar, deixar as preocupações de lado e me sentir viva por algumas horas. — Que tal irmos para outro lugar? — sugeri, animada. — Aquele barzinho com aquele peixe delicioso. Estou com uma vontade absurda de comer. — Tá bom, grávida! — brincou Victor, rindo alto. — Credo, vira essa boca para lá, homem! — retruquei, revirando os olhos. Chegamos ao bar, que era bem mais calmo do que o agito da Lapa. A iluminação suave e o ambiente acolhedor faziam dele o lugar perfeito para conversas sinceras o tipo de conversa que a gente evita por orgulh
Rebeca Ainda estou com raiva. Dois meses se passaram e continuo sem responder as mensagens da Rebeca. Viajei até o Rio de Janeiro só para vê-la. Pedi que faltasse ao trabalho para ficarmos juntos, mas, contrariando meu pedido, ela foi com a promessa de que voltaria logo. Só que demorou uma eternidade. Ela me deixou ali, consumido pela frustração. Eu só queria aproveitar cada segundo com ela. Será que não entende que sou completamente apaixonado? Que estava morrendo de saudade? Vivemos em continentes diferentes, nos vemos por vídeo, e mesmo assim ela achou aceitável me deixar sozinho. Fiquei tão irritado que voltei para o hotel e decidi não falar mais com ela naquele momento. Estava tomado por emoções demais — e sabia que acabaria dizendo coisas imperdoáveis. No dia seguinte, ignorei todas as tentativas dela de contato. Até mesmo no casamento em que estivemos, me recusei a reconhecê-la. Ela pediu desculpas, e eu fingi que não ouvi. Claro que isso a deixou furiosa. Mas ela me feriu p
Rahmi Depois de escovar os dentes, ela voltou para a cama com passos lentos e sensuais, os cabelos ainda úmidos caindo pelas costas. Seus olhos encontraram os meus, e naquele instante, o amor que eu sentia por Rebeca me atingiu com tanta força que o ar pareceu desaparecer por alguns segundos. Minha intenção era apenas abraçá-la e dormir com ela nos meus braços, mas Rebeca tinha outros planos. Deitou-se de costas para mim, e aos poucos, começou a se mover, roçando o corpo quente contra o meu. Sua pele macia, seu perfume adocicado, e aquele rebolado provocador... ela sabia exatamente o que estava fazendo. — Amor, dá pra parar de me provocar? — murmurei com um sorriso de canto, sentindo a tensão crescer dentro de mim. Ela não respondeu com palavras, apenas continuou sua dança silenciosa, insinuante, deliciosa. Era o suficiente para me tirar do controle. Segurei sua cintura e a virei com firmeza. Nossos olhares se cruzaram por um segundo antes que eu tomasse sua boca com urgência. O