Rebeca
A claridade invade o quarto, forçando-me a abrir os olhos lentamente. Minha cabeça lateja, como se martelada por uma ressaca cruel. O ar condicionado mantém o ambiente gelado, mas minha pele está quente. Minhas lembranças são um borrão, mas a pergunta principal ecoa em minha mente: onde estou?
Viro o rosto e encontro um criado-mudo com um copo de suco e um remédio. Sem pensar, tomo o comprimido e me permito alguns minutos de imobilidade, encarando o teto. Aos poucos, os flashes da noite passada retornam, trazendo consigo uma avalanche de emoções.
Rahmi.
O homem que me faz perder o fôlego. O mesmo que vi ao lado da noiva a noite inteira.
Mas então, por que ele me beijou? Como ousa?
Cretino!
Desgraçado!
O ciúme ainda pulsa forte, uma raiva ardente misturada com algo que me corrói por dentro. Eu queria ignorá-lo, queria ir embora sozinha, mas minhas amigas insistiram em me acompanhar até o bar do hotel.
E foi lá que a noite realmente começou.
O bar estava muito mais