Com a quinta dose deslizando garganta abaixo, Reginald parecia beber mais do que uísque. A cabeça pesava, o mundo girava em torno dele, e as pernas vacilavam — mas ele não parava. Bebia para anestesiar a derrota, para sufocar a impotência que lhe corroía por dentro. Desta vez, não era pelo cargo. Ele queria ser o presidente do conselho por Evelyn — por amor — e por Oliver, para garantir que o menino tivesse um futuro seguro, longe das garras daqueles que transformavam tudo em disputa. Sonhava em manter o comando da empresa até que Oliver crescesse..., mas agora, esse anseio parecia escapar por entre os dedos, distante como uma miragem.
Reginald não aguentou mais estar no mesmo ambiente que Evelyn, sem poder tocá-la, sem poder demonstrar o que sentia. Como ela estava linda, mais madura, mais dona de si. A maternidade a tinha deixado ainda mais perfeita, como se o tempo apenas tivesse aprimorado a beleza e a força dela. Mas a culpa de tudo isso era de Henry. Sempre Henry.