O som seco da tampa da caixa de correio se fechando chamou a atenção de Geoffrey, que estava no quarto conversando com um velho conhecido — um homem simples, assim como ele, que também não tinha família por ter dedicado a vida a servir a dos outros. Doente e solitário, o amigo agora vivia com Geoffrey, a quem ele chamava de irmão de alma.
Curioso, Geoffrey se levantou da poltrona e foi até a entrada. Voltou carregando um envelope pardo, sem marca aparente, mas endereçado a ele. O remetente era desconhecido. Com as sobrancelhas franzidas, abriu o envelope cuidadosamente.
De dentro, tirou duas folhas. Seus olhos se arregalaram à medida que lia o conteúdo — palavras que pareciam rasgar o véu das mentiras tecidas ao longo dos anos. No verso da segunda página, um pequeno bilhete estava colado com fita adesiva. “Espero que essa informação lhe seja útil. — De seu amigo, B.”
Geoffrey reconheceu imediatamente a caligrafia. Era do novo mordomo da mansão.
A primeira folha era uma