Vittoria se senta abruptamente, o coração acelerado. Não precisa olhar para o visor para reconhecer aquela voz.
É sua amiga de infância, a mesma que sempre esteve ao seu lado, mas desde a sua tentativa de fuga não haviam mais tido contato.
A percepção a atinge de imediato, mostrando o quanto está isolada do mundo e de tudo o que um dia fez parte da sua vida.
— Bianca. — Vittoria murmura, enfim quebrando o choque que a dominou por um instante. — Sempre seremos amigas, por que tanto drama? — Provoca, consciente de que já fazia dias que não falava com a amiga.
— Você diz isso agora, mas desde a sua tentativa de fuga não me procurou mais. Ainda bem que aquele pirralho do teu irmão me mantinha atualizada.
— Me desculpa, Bia. — Murmura, sentindo mais uma vez a realidade pesar sobre si. — Mas as coisas não me dão trégua.
— Ah, me poupe do drama. — Bianca repreende, em um tom quase divertido. — O que quero saber é: cadê aquele show todo de “eu odeio esse homem” e o plano de fuga digno de film