A expressão de Tommaso, quase sempre impenetrável, vacila por um breve instante.
Os olhos se arregalam de leve, e o maxilar tensiona, uma reação sutil, mas suficiente para denunciar sua surpresa diante da proposta inesperada.
— Só para ter certeza de que não estou entendendo errado. — Vincenzo começa, o tom calmo, os olhos cravados em Antonella com uma intensidade quase cínica.
Ele inclina levemente a cabeça, como quem observa uma criatura exótica prestes a dar um bote.
— Você está mesmo sugerindo casar-se com um dos meus primos? — Pergunta, como se a frase tivesse gosto amargo, mas fosse irresistível demais para não saborear. — É isso mesmo, senhorita Mancini? Essa é a sua grande cartada?
— Não estou interessada em anéis ou votos românticos. — Antonella responde, com um meio sorriso, quase se deliciando com a reação dos Lucchese, como quem saboreia uma vitória antecipada. — Quero somente respeito. — Prossegue, inclinando levemente o queixo com elegância. — E, naturalmente, manter o