Antes que Vincenzo tenha tempo de reagir, Alfonso surge no corredor com passos largos e seguros, como um predador que não precisa correr para alcançar a presa.
O rosto permanece impenetrável, mas os olhos carregam uma fúria fria, calculada.
Ao se aproximar, ele não desvia nem um centímetro do caminho. Cruza por Vincenzo e, em um movimento milimetricamente calculado, acerta o ombro contra o dele com força suficiente para desequilibrá-lo.
O celular escapa da mão de Vincenzo e cai no chão de mármore com um estalo seco, o som ecoando pelo corredor silencioso.
O aparelho mal tem tempo de parar de deslizar antes que Alfonso, sem sequer olhar para baixo, mova o pé com precisão e pressione o salto sobre a tela.
O vidro se estilhaça com um estalo agudo, seguido por um rangido grave dos circuitos esmagados sob seu peso.
Ele não recua de imediato, mantém o pé ali por alguns segundos a mais, como quem saboreia o momento e grava uma mensagem silenciosa.
— Nossa, que desastrado eu sou. — Alfonso co