Alfonso puxa o envelope com um movimento brusco, praticamente o rasgando ao abri-lo, como se a própria existência daquele documento fosse uma afronta direta à sua autoridade.
Os olhos percorrem as primeiras linhas com pressa, a expressão se tornando cada vez mais sombria a cada palavra lida.
— Teria sido uma honra, sogro, contar com a sua presença no nosso casamento. — Vincenzo provoca, a voz impregnada de deboche e prazer mal disfarçado, saboreando cada palavra como um brinde à sua própria astúcia. — Uma pena o senhor ter perdido, estava impecável. Uma cerimônia discreta, elegante e legalmente indiscutível.
Ele observa com visível prazer o modo como os dedos de Alfonso esmagam o documento, quase o rasgando em pura frustração.
— E por favor, não se preocupe em preservar o papel. — Acrescenta, com um sorriso ladino e o tom ainda mais afiado. — É somente uma cópia. A original está muito bem guardada.
Vincenzo se recosta na cadeira, com a confiança de quem não apenas venceu o primeiro r