O sorriso debochado de Vincenzo, que ainda pairava nos lábios, se esvai sem cerimônia, engolido por uma rigidez súbita que domina cada linha de seu rosto.

A mandíbula se contrai com força, os maxilares cerrados como se segurassem palavras que jamais poderiam ser ditas ali.

O brilho irônico que antes cintilava em seus olhos se apaga, dando lugar a um olhar sombrio, estreito e atento, o tipo de olhar que só surge quando o perigo não é imediato, mas estratégico.

— Perdi alguma coisa? — Antonella pergunta, com um tom leve e melodioso, tão encantador quanto inconveniente.

— Não, senhorita Mancini. — Giovanni responde, com um sorriso educado. — Seu pai já está na sala de reunião com alguns dos Dons. Por favor, junte-se a eles. — Completa, fazendo um gesto discreto com a mão, convidando-a a seguir adiante.

— Claro. — Antonella responde, o sorriso tão impecável quanto ensaiado.

Ao passar por Vincenzo, seus olhos se encontram por um breve instante, o suficiente para que Antonella perceba a irr