Vincenzo e Tommaso interrompem os passos no mesmo instante e se viram juntos, em silêncio, os olhares afiados e os corpos tensionados como molas prestes a disparar.
— Olha só, quem resolveu miar, achei que você ainda estivesse ocupado lambendo o chão onde o papai pisa, Enzo. Me surpreende ver você com voz própria, ou será que está só repetindo o que te mandaram dizer? — Vincenzo rebate, inclinando levemente a cabeça, observando cada reação com calma provocativa, como quem se diverte com o desconforto alheio.
— Alguns ainda têm pai para respeitar. — Enzo retruca, com um sorriso vitorioso nos lábios, como se cada palavra fosse cuidadosamente escolhida para atingir o ponto exato da ferida.
— Ai, Enzo, que crueldade. — Comenta, levando a mão ao peito com exagerada teatralidade. — Quase me fez chorar aqui, no meio de todo mundo, e você nem teve a decência de me oferecer um lencinho. Per Dio, onde estão seus modos? Tenha mais respeito com os emocionalmente frágeis.
Tommaso deixa escapar um