Uma mão surge de repente e se enrosca nos cabelos dela com brutalidade suficiente para fazê-la gritar, mas nenhum som sai, pela falta de ar e pela dor da alma que supera qualquer sofrimento físico.
O corpo dela é erguido do chão com violência, em um movimento abrupto e cruel, que rouba qualquer chance de entregar seu último suspiro à terra encharcada.
— Puttana. — Giuliano vocifera, arremessando-a com força contra o solo encharcado, como se o corpo dela fosse apenas um estorvo jogado na lama. — Tão fraca, tão inútil, sempre morrendo. — Reclama, enquanto se abaixa e pega o pequeno pacote que havia deixado ao lado.
Giuliano rasga o pacote com impaciência e retira a bombinha acoplada ao espaçador com a máscara, preparado para o pior, porque conhece as fraquezas dela melhor do que qualquer pessoa.
Ele sempre soube que Vittoria se entregaria à morte naquele cemitério, convencida de que viver sem Vincenzo era uma tortura grande demais para suportar.
Ele agarra a nuca dela com força e empu