A chuva cai mais pesada, as gotas geladas batendo no corpo dela e transformando a terra em lama, enquanto as lágrimas se misturam à água e seu coração se parte em inúmeros pedaços dolorosos.
Ela sacode a cabeça em negação absoluta, como se o próprio mundo tivesse enlouquecido, enquanto o pranto cresce sem piedade e toma sua garganta com uma dor que parece impossível de suportar.
Ela ergue as mãos trêmulas e cava a terra molhada com desespero bruto, sentindo os dedos afundarem na lama, porque precisa vê-lo, precisa tocá-lo, precisa confirmar o impossível.
Cada punhado de terra arrancado abre outra fissura no peito dela, como se a realidade dolorosa se recusasse a ser aceita e exigisse que ela sofresse mais antes de permitir qualquer resposta.
A terra gruda nas unhas, no pulso, no vestido e no rosto, transformando tudo em uma mistura brutal de barro, lágrimas e pânico que engole cada fragmento de esperança.
— Vincenzo. — Chama, com a voz quebrada pelos soluços que rasgam sua garganta. —