O policial troca um olhar com Élodie, em silenciosa busca por instruções, como quem teme agir por conta própria diante de tamanha tensão.
Ela, sem desviar o olhar de Seraphina, faz um leve movimento de cabeça discreto, porém autoritário, o bastante para que ele entenda que deve obedecer.
O policial se aproxima em silêncio, cada passo medido pela tensão que domina o ambiente, e destrava as algemas com um clique seco que ecoa pela sala.
Vincenzo ergue as mãos devagar, deslizando os dedos pelos pulsos marcados, sentindo o calor da pele irritada e o leve ardor.
O gesto é lento, quase cerimonioso, um ato de domínio silencioso que devolve a ele o controle, como se cada movimento fosse uma declaração de poder.
— Senhorita Whitmore. — Élodie cumprimenta, com o sotaque francês carregado, a voz tranquila como se estivesse recebendo uma visita para o chá da tarde. — Que prazer inesperado.
— O prazer é meu. — Seraphina responde, sem hesitar. — Principalmente quando o assunto é o abuso de autorida