O sorriso some do rosto de Vittoria no mesmo instante, apagado pela simples menção ao momento assustador que ainda a assombra.
— Confesso que adoraria dizer que sim. — Vittoria responde, soltando um suspiro longo, como se as palavras pesassem. — Mas algo me diz que pode ter sido coisa do meu pai.
— Seu pai? — Serphina pergunta, em voz baixa, inclinando-se um pouco mais para frente. — Você realmente acredita que ele seria capaz disso?
— Disso e de coisas piores. — Vittoria responde, quase sem jeito de admitir, em voz alta, como se as palavras tivessem um gosto amargo ao deixarem seus lábios.
Ela abaixa o olhar e a lembrança da crueldade do pai contra a mãe invade sua mente como uma ferida que nunca cicatrizou.
O peso daquela memória sufoca suas forças, e uma lágrima silenciosa escapa, deslizando por seu rosto antes que consiga contê-la.
— Você acredita que ele seria capaz de matar você? — Pergunta, em tom grave, a expressão séria, refletindo a incredulidade diante da possibilidade.
— E