O silêncio entre Fabrizio e Seraphina no interior do veículo era denso demais para ser ignorado.
A cada quilômetro percorrido rumo à Taormina, ele sentia a respiração dela preencher o espaço como uma provocação silenciosa.
— Não iremos parar? — Seraphina pergunta, os lábios curvados em um sorriso insinuante, como se testasse a paciência dele.
Fabrizio mantém os olhos fixos na estrada, o maxilar contraído, como se cada palavra dela fosse mais um obstáculo a atravessar.
— Onde sugere que paremos? — Fabrizio pergunta, finalmente cedendo, a frieza da voz contrastando com o calor que a presença dela despertava.
— Já conheço o lugar. — Responde, satisfeita, inclinando-se um pouco mais no banco, os olhos fixos nele como quem saboreia uma vitória. — Não demorará mais que alguns minutos.
Como se fosse dona do carro, ela se inclina para frente e, antes que ele possa impedi-la, seus dedos já deslizam pela central multimídia.
A tela acende com a lista de opções e, em poucos toques, ela seleciona