O aço rasga a carne com um som áspero e úmido, e o sangue escorre quase de imediato, manchando o tecido do vestido.
O grito que explode dos lábios de Antonella é agudo e prolongado, reverberando pelas paredes da sala como um lamento desesperado, enquanto Fabrizio observa a reação dela com um deleite cruel nos olhos.
Vincenzo sente o choque inicial atravessar o corpo ao ver a lâmina enterrada na carne de Antonella, mas reprime qualquer reação mais evidente.
O maxilar se contrai, os olhos se estreitam e, mesmo com o estômago em revolta, Vincenzo sustenta a postura de Don, firme e inabalável, sem conceder a Fabrizio a mínima brecha para interpretar qualquer sinal de fraqueza em seu semblante.
Tommaso, por sua vez, permanece imóvel, os braços cruzados e a expressão neutra.
Para ele, aquela cena não passa de mais uma sessão de tortura entre tantas que já presenciou, e o grito de Antonella não desperta sequer um lampejo de surpresa.
— Figlio di puttana! — Antonella grita, o corpo preso à ca