Fabrizio não recua, passa os dedos pelo canto dos lábios, sente o gosto metálico do sangue e fixa o olhar em Vincenzo, tomado por uma raiva intensa.
Ele desliza a mão até a arma, o gesto lento, mas carregado de ameaça, e Vincenzo acompanha cada centímetro do movimento, os olhos fixos como se antecipassem o confronto antes mesmo de começar.
— O que pretende, Fabrizio? — Vincenzo pergunta, a voz contida. — Puxe essa arma apenas se estiver disposto a me matar, caso contrário, selará sua própria condenação.
— Você ultrapassou os limites, bastardo. — Fabrizio vocifera, enquanto os olhos inflamados fixam-se em Vincenzo com fúria incontida.
E, sem esperar resposta, Fabrizio avança, crava os dedos no colarinho da camisa de Vincenzo e o gira com força, arremessando-o contra a parede.
O impacto ressoa pela sala de interrogatório, mas Vincenzo não vacila, ele se recompõe em um movimento rápido e, sem hesitar, avança contra o primo.
Os dois se chocam em uma fúria desmedida, trocando socos que est