61 - O beijo da morte

Alfonso lança um olhar atento ao redor, avaliando cada canto do café. O movimento é discreto, mas calculado, como se quisesse medir a distância entre olhares curiosos e ouvidos indiscretos.

— Então, quem foi o figlio di puttana que tentou matar a minha filha? — Alfonso pergunta, a voz baixa, enquanto desliza os dedos pelo cardápio sobre a mesa. — Nosso combinado não foi esse. — Acrescenta, sem deixar transparecer qualquer preocupação genuína com o bem-estar dela.

— Realmente não sei. — Fabrizio responde, levando o café expresso aos lábios. — Fiquei sabendo do ocorrido pelo Tommaso e, até então, a hipótese levantada é de um acidente doméstico. — Informa, pousando a xícara de volta sobre o pires sem pressa. — Acha mesmo que foi um atentado?

— Bem, tentamos explodir aquele bastardo, figlio di puttana, com o carro. — Responde, um sorriso sádico se abrindo nos lábios. — Quem garante que não tiveram a mesma ideia que nós?

— Nesse caso, precisamos alinhar as coisas com os outros Dons. — Afi
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