Monteverde
Eu nem esperava ver aquele moleque tão cedo. Orgulhoso como sempre foi… conhecendo ele como eu conhecia… era óbvio que ia correr pro colo da mãe. Sem emprego, sem casa… questão de tempo até voltar pra saia da Vera.
Ah… Vera… maldita.
Será que o Herrera já tinha alguma novidade?
Antes que eu terminasse o pensamento, o celular tocou.
— Señor… acabo de ver sua ex-esposa entrando numa cafeteria com outra madame… e uma pasta de documentos.
Arqueei a sobrancelha.
— Pasta? Tem certeza?
— Tô olhando pra ela agora. Grande. Parece cheia.
Mordi o lábio. O alerta acendeu na hora.
— Anota a placa do carro da outra. Descobre quem é. Me liga assim que tiver qualquer coisa.
Desliguei e fiquei encarando o celular. Mas, claro… o pensamento já escapou pra outro nome: Maria Eduarda.
A moreninha pé de serra que tinha me tirado do sério. Depois daquele telefonema do Herrera ameaçando a família dela… ela veio. Veio chorando, bufando, me xingando… mas veio.
Disse que eu era um monstro. Que não adi