Capítulo 14

Rômulo Medeiros

Saímos do apartamento daquela tal Bruna, e eu senti o braço magrelo da Nádia tremendo sob a minha mão. Mas não tirei a força, não. Apertei mais.

— Vamos, Nádia — falei, sem sequer olhar pra ela.

O elevador desceu lento demais pro meu gosto, e eu sentia a respiração dela cada vez mais curta. A cabeça dela sempre foi fraca — e isso me deixava doente.

Quando chegamos à rua, ela tentou falar, a voz meio esganiçada.

— Por que você tem que fazer isso, Rômulo? Por que não deixa as pessoas em paz? — ela balbuciou, quase chorando.

Eu parei e me virei pra ela.

— Porque esse é o meu trabalho. — minha voz saiu fria, cada sílaba bem medida. — Eu não sou pago pra fechar os olhos, Nádia. Eu sou pago pra proteger.

— Proteger quem? — ela rebateu, a voz falhando. — Você usa isso pra intimidar, pra meter medo. Você faz o que quer porque acha que ninguém vai te parar!

Eu dei uma risada curta, cínica.

— É assim que o mundo funciona, querida. E se você não entendeu ainda, é porque vive na b
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