Alex riu. Uma risada seca, oca, que não chegou aos olhos.
— Princípios... — repetiu ele, com desprezo, andando em círculos — É isso que eles chamam de princípios agora? Recusar trabalho? Virar as costas para a própria natureza?
De repente, ele virou-se violentamente, varrendo a mesa com o braço. Papéis, taças e armas voaram pelo escritório. O guarda-costas estremeceu.
— VOCÊ TINHA UM TRABALHO! — berrou ele, agora com espuma no canto da boca. — Era convencê-lo! Ele é uma máquina de morte! Um cão de guerra! E você me traz isso?!
Alex aproximou-se, olhos dilatados, batendo no próprio peito.
— Sabe o que me separa desses insetos lá fora? Eu não acredito em moralidade. Eu fabrico destino, com ou sem vontade alheia. Se ele se nega agora, é porque você foi fraco. Porque você hesitou. E eu odeio hesitação. Ela fede.
Ele parou diante do guarda-costas, sussurrando com voz carregada de loucura.
— Esse homem... esse assassino de aluguel... precisa entender algo. Ninguém diz 'não' para mim. Nem a