Narrado por Sérgio
E eu confesso que nunca tinha percebido o quanto a esperança pesava — até vê-la acontecer de verdade.
E quando finalmente atravessamos a porta do tribunal, a imprensa ainda gritava algo lá fora, os advogados se dispersavam, e tudo o que eu conseguia ver era Hellen. Grávida, exausta, devastada por meses de terror… mas finalmente livre.
O veredicto ecoava na minha cabeça, repetindo-se como um mantra:
“Sylvia Thorne presa por fraude e calúnia. Acabou, finalmente acabou.” pensei.
E quando lá fora Hellen virou-se para mim novamente, não vi somente alívio o que eu vi primeiro.
Foi… pergunta. Uma pergunta silenciosa, profunda, que ela carregava há meses: A boca dela tremeu. Ela segurou o corrimão da entrada do tribunal por um instante, respirando fundo.
— Sérgio… — ela começou, e a voz falhou. — Por que você… sempre acreditou em mim? Por que… mesmo quando eu fugia de você … nunca… duvidou do nosso amor?
Eu parei olhei para ela. As luzes, as câmeras, os flashes à nossa fre