Narrado por Sérgio
A primeira vez que vi a entrevista de Sylvia estampada em todos os sites e blogs, o sangue me ferveu. A forma venenosa como cuspia mentiras, como reduzia Hellen a uma caricatura de “rostinho jovem e ambicioso”, foi como uma lâmina atravessando minha pele. Não por mim — eu já me acostumara a viver entre ódio e adulação. Mas porque ela, Hellen, não merecia carregar esse fardo.
Peguei o telefone. Não hesitei. Liguei para o responsável por aquele maldito blog que tinha viralizado a entrevista. Minha voz saiu gelada, sem margem para mal-entendidos:
— Se essa matéria não sair do ar em questão de minutos, amanhã não haverá mais empresa, nem blog, nem carreira para você. Eu derrubo sua plataforma com a mesma facilidade com que aperto um botão.
Do outro lado, silêncio e respiração pesada. Eu sabia que ele tinha entendido. E, de fato, horas depois, a matéria havia desaparecido.
Não era apenas influência. Era proteção. Pela primeira vez na vida, usei meu poder não por org