Os dias se arrastaram como uma névoa cinzenta, cada um mais pesado que o anterior, preenchidos por um luto que se entrelaçava com o fogo da vingança.
Eu mal saía da cama nos primeiros dias, o corpo ainda fraco do veneno, a mente atormentada por vislumbres do que poderia ter sido; o riso de uma criança ecoando pelo apartamento, as mãozinhas minúsculas segurando as minhas.
Min-ho me cuidava em silêncio, trazendo comida que eu mal tocava, segurando-me durante as noites de pesadelos onde eu via Margaret rindo enquanto meu bebê escorregava para longe. Lisa e meu pai vinham todos os dias, tentando preencher o vazio com conversas banais, mas nada ajudava. O berço permanecia intocado, uma ferida aberta que eu evitava olhar.
Mas a raiva me mantinha viva. Min-ho trabalhava incansavelmente, seus "contatos", homens sombrios que eu nunca via o rosto, infiltrando-se nos preparativos do casamento de Benjamin. Ele havia hackeado o sistema de segurança do escritório onde tudo acontecia, resgatando a f