O caos na igreja ainda ecoava em meus ouvidos, gritos, soluços, o som abafado do vídeo que agora circulava como um vírus entre os celulares dos convidados.
Nós não saímos imediatamente. Em vez disso, Min-ho me puxou para um canto sombreado do saguão lateral, os corações batendo em uníssono, a adrenalina misturando-se ao luto que ainda latejava no meu peito.
Eu podia ouvir os murmúrios furiosos vazando pelas portas: "Que escândalo!", "Benjamin, seu traidor!", e o choro histérico de Amelia, que parecia um eco distorcido da minha própria dor.
Mas isso não era suficiente. Não ainda.
Margaret estava lá, o rosto contorcido de raiva, e eu queria ver mais. Queria que o colapso deles se estendesse além daqueles muros sagrados.
— Por que a gente não vai embora agora? — sussurrei, a voz rouca de excitação e medo, apertando o braço de Min-ho.
Meu corpo tremia, não só pelo frio da igreja antiga, mas pela satisfação cruel que me invadia. Ver Benjamin desmascarado, Amelia destruída... era como se um