Com as mãos trêmulas, atendi.
— Mi-Suk? — a voz dele veio firme, porém carregada de preocupação. — Eu ouvi tudo… você está bem? Onde você está?
Ao escutar Min-ho, a muralha que eu tinha erguido dentro de mim ameaçou desmoronar. As lágrimas que segurei diante de Benjamin finalmente escorreram, quentes, pela minha pele.
— Eu saí… eu não aguentei ficar lá dentro. — minha voz falhou, baixa, quase em um sussurro — Ele… ele é um monstro, Min-ho.
Do outro lado da linha, o silêncio dele foi breve, mas cheio de tensão.
— Me diz onde você está, exatamente. — pediu de maneira firme, sem espaço para negação. — Agora.
Olhei em volta, buscando um ponto de referência. O restaurante sofisticado atrás de mim brilhava como uma lembrança amarga, e na esquina próxima vi a placa de uma farmácia.
— Tem uma farmácia, logo na esquina do restaurante… — falei rápido, respirando fundo entre soluços — Eu vou te esperar em frente a ela.
— Fique lá dentro. — respondeu imediatamente. — Não saia do lugar, Mi-Suk. Eu