Minha bolsa despenca no chão, e eu mostro os dentes, o sangue fervendo.
– E você devia parar de fingir que não tá louco pra me foder. – cuspo, a voz pingando veneno e desejo.
Ele para a centímetros de mim, o peito subindo e descendo rápido, o cheiro de suor e colônia me envolvendo. O ar entre nós é puro caos, nosso segredo, pais que nos matariam se soubessem o que estamos fazendo juntos, vidas que nunca vão se cruzar, só jogando mais gasolina no fogo que nos queima.
Ele não fala mais.
Benjamin agarra o meu pulso com tanta força que quase dói, me arrastando pra porta escondida no canto do escritório. O banheiro particular, nosso canto imundo onde ninguém pode nos achar. A porta bate com um estrondo, o som ecoando como um aviso que ignoramos. O espaço é apertado, e o azulejo branco está gelado contra minhas costas quando ele me joga contra a parede. O corpo dele, alto, duro, quente, me esmaga. A luz fraca do teto ilumina a cara dele, os olhos escuros brilhando com um desejo tão fodido q