A luz da manhã filtrava-se pelas cortinas de linho como um beijo de sol, dourando a pele nua de Amanda enquanto ela despertava, envolta pelo calor dos lençóis e pelo perfume dele — uma mistura inebriante de pele, suor e prazer. O quarto era um santuário de corpos marcados pela noite, lençóis amarrotados e suspiros ainda suspensos no ar.
Ela o observou dormir com uma ternura quase insuportável. Havia uma vulnerabilidade na forma como Lucca repousava — o peito nu subindo e descendo em um ritmo hipnótico, os lábios entreabertos, os cabelos bagunçados, um homem despido de máscaras. Um homem que, horas antes, havia se perdido nela com uma fome quase selvagem — e, ao mesmo tempo, com uma delicadeza reverente.
Com a ponta dos dedos, Amanda desenhou lentamente o contorno do ombro dele, descendo pela clavícula, roçando de leve o peito. Ele se mexeu, murmurando algo inaudível, até que os olhos se abriram, pesados de sono, mas cheios dela.
— Bom dia — ele disse, a voz rouca, densa, como se ainda