Amanda passou as mãos sobre os papéis espalhados à sua frente — relatórios financeiros, planilhas de custos, cronogramas de obras atrasadas. Tudo respirava urgência, peso e responsabilidade. Mas ela não recuava. Ao contrário, parecia se alimentar da pressão.
A presidência da Construtora Mancini não era simbólica. Cada decisão que tomasse ali impactaria famílias, contratos bilionários, reputações. E Amanda sabia disso. Sabia o tamanho do trono que agora ocupava. E mesmo assim, sentou-se nele com a firmeza de quem carregava nas costas não apenas seu sobrenome de nascimento, mas o peso de cada julgamento sussurrado pelas costas desde que cruzara aquelas portas.
A manhã avançava em ritmo acelerado.
— Por que esse orçamento está estourado em quase 30%? — perguntou, com voz baixa, mas afiada como navalha, durante a reunião com a equipe de obras.
O engenheiro-chefe pigarreou, desconfortável.
— Tivemos atraso na entrega dos insumos e…
— Isso eu já li no relatório — Amanda o interrompeu, sem e