No dia seguinte, a bomba explodiu.
Laura surgiu ao vivo em um dos programas de televisão mais assistidos do país, impecavelmente produzida, lágrimas brilhando sob a maquiagem. A encenação era perfeita.
— Eu só quero justiça — dizia ela, a voz embargada, mas teatral. — Lucca me trocou por essa menina por puro interesse. Eles assinaram um contrato. Eu vi com meus próprios olhos. Eu era a verdadeira noiva. A mulher que sempre esteve ao lado dele.
Amanda estava paralisada diante da TV. O sangue gelado, o estômago em nós. Cada palavra de Laura era uma flecha, mirando certeira em sua confiança.
— Ela está sendo convincente — murmurou o advogado, sombrio.
— Ela está mentindo! — Lucca explodiu, o rosto vermelho, os punhos cerrados.
Amanda se aproximou e segurou seu braço com força, não só para acalmá-lo, mas para trazê-lo de volta ao presente, à razão.
— Lucca... se ela tem alguma cópia do contrato...
— Eu vou resolver isso! — ele rugiu, andando de um lado a outro da sala como um anim