Dois dias depois, a mansão Mancini parecia, enfim, respirar alívio. O silêncio reconfortante preenchia os corredores, e Amanda e Lucca, mesmo ainda presos aos termos do contrato, começavam a se entregar aos pequenos gestos que diziam mais do que qualquer papel. Toques demorados. Olhares carregados de significados não ditos. Beijos que nasciam de silêncios. A paz era frágil, mas real. E parecia possível.
Até que não foi mais.
O celular de Lucca vibrou sobre a mesa de vidro da sala, com uma notificação da assessoria de imprensa. Ele pegou o aparelho por impulso, ainda sorrindo pelo comentário que Amanda acabara de fazer, mas o sorriso morreu no mesmo instante.
Os olhos congelaram. O sangue gelou. E a pulsação disparou.
— Não... — ele murmurou, levantando-se como se tivesse levado um choque.
Amanda ergueu o olhar do livro que estava lendo no sofá. O tom da voz dele fez seu peito apertar antes mesmo de entender o que havia acontecido.
— Lucca? O que foi?
Ele virou o celular para el