Parte 11...
Gabriel
Não demorei mais do que sete minutos.
A padaria da esquina estava praticamente vazia. Peguei o bolo de cenoura com cobertura de chocolate que a Lara amava e ainda tive tempo de conversar dois minutos com a moça do caixa, que perguntou da escola da minha filha.
Sete minutos.
Mas bastou esse intervalo para o mundo parecer escorregar um pouco do lugar.
A porta do apartamento estava entreaberta quando cheguei. O bolo quase caiu da minha mão.
— Lara? - chamei, já entrando com o coração batendo rápido demais.
Nada.
Corri pelos cômodos como um maluco, abrindo portas, chamando o nome dela, conferindo debaixo da mesa e até atrás das cortinas. Nenhum sinal.
A única coisa que encontrei foi um banco tombado na cozinha, ao lado do armário onde ficam os copos. E uma colher no chão. Pequena, daquelas coloridas que ela adorava.
Minha cabeça deu um estalo. A geladeira ainda estava aberta. E o vidro de chocolate granulado estava no balcão.
Ela tentou fazer brigadeiro. Sozinha.
Meu e