Parte 14...
Luna
Terminar aquele livro foi como respirar fundo depois de um mergulho longo. Fechei o notebook e fiquei olhando a capa improvisada que eu mesma montei no editor de imagem.
Fundo escuro, uma chama estilizada e o título em letras vermelhas.
“Chamas Noturnas”.
O melhor e mais provocante romance que eu já havia escrito. E tudo por causa dele.
Naquela manhã, entreguei o pendrive na mão da Fernanda, minha editora. Ela era uma mulher prática, elegante, que raramente elogiava qualquer coisa de primeira. Mas, depois de passar os olhos pelos últimos capítulos, ergueu a sobrancelha, surpresa.
— Isso aqui está... Ousado - comentou, folheando na tela. — E ótimo. Muito melhor do que seu último livro.
— Então vai aprovar?
— Vou mandar rodar a primeira prova de impressão ainda hoje. Também vamos começar o planejamento de divulgação.
Soltei o ar, aliviada. Queria comemorar. Beijar alguém. Beijar especificamente um certo bombeiro que ainda nem sabia que era protagonista de mais um sucess