O silêncio do castelo era inquietante.
Os corredores, normalmente repletos de servos apressados e guardas em patrulha, agora pareciam vazios, como se o próprio ambiente estivesse contido em uma espera sufocante.
Eu não conseguia dormir.
A fotografia de Zaira ainda dançava em minha mente, como um espectro do passado que se recusava a ser ignorado.
O que ela estava fazendo entre as coisas de Kael?
Por mais que eu tentasse racionalizar, cada resposta me levava a mais perguntas.
E eu odiava perguntas sem respostas.
Os pés me guiaram quase automaticamente de volta ao quarto do Rei.
Talvez eu estivesse cruzando um limite ao mexer nas coisas dele. Mas como confiar cegamente em alguém que claramente escondia segredos?
A porta rangeu levemente quando a empurrei, e a penumbra do aposento me envolveu como um manto pesado.
Kael continuava imóvel na cama, a respiração lenta e profunda.
“Desculpe, Majestade,” murmurei, mais para mim mesma do que para ele. “Mas eu preciso saber.”
Aproximei-me da esc