Algo dentro de mim pesava, eu sentia pena dela, apesar de tudo. Queria contar-lhe a verdade, mesmo sem ter o direito de falar. Meu pai desceu, veio em minha direção e, quando menos esperei, me deu um beijo na testa. Depois foi até Ana Liz e fez o mesmo com ela. Eu o olhei, ainda receosa. Tudo era tão bom... E o medo de querer ficar, de me agarrar a ele, era real.
— Bom dia, minhas princesas! — falou, alegre e animado.
— Bom dia, meu amor — respondeu Ana Liz, enquanto ele se sentava à mesa.
— Bom dia, pai!
— Espero que tenha dormido bem, Maria Vitória. Meu amor, por favor, troque aquela bendita decoração do quarto da minha filha. Faça tudo que ela quiser, está bem?
— Acho que não precisa, pai. Deixa o quarto como está — respondi, mas ele negou com a cabeça.
— Tem muito rosa, muito frufru, ursinhos... Você não é alérgica?
Assenti. Até sou, mas aquilo não estava sendo um problema.
— Maria Vitória, eu quero que você se sinta confortável. Está bem?
Ele segurou minha mão e acariciou meus ded