Por mais que eu estivesse preocupado com Maria Vitória, mesmo sabendo que ela estava sendo representada por advogados competentes, havia um mal-estar maior que me corroía.
Maria Clara ainda estava solta.
As estradas tinham blitz. A rodoviária, vigilância reforçada.
Todos os acessos estavam sendo monitorados.
Mas nada. Nenhum sinal dela.
Quando fui informado de que Maria Vitória havia alegado legítima defesa, o caso se inverteu completamente.
O olhar da Justiça mudou.
As atenções também.
Ela deixou de ser vista como uma criminosa impulsiva — e passou a ser reconhecida como alguém que sobreviveu.
A partir dali, deixei de me preocupar com ela, pelo menos juridicamente.
Caroline a preparou com maestria. Ainda mais com o inquérito aberto contra Marcelo pelo ataque brutal à Laura.
Ele agora era oficialmente um foragido. Um homem perigoso.
E Maria Vitória… uma vítima.
Mas os meus males, esses não haviam acabado.
Quando revisamos as filmagens do prédio, senti o sangue gelar.
Maria Clara apare