Tinha sido uma noite maravilhosa. Não fizemos sexo como das outras vezes — desta foi sem pressa, sem urgência — porque sabíamos que, agora, não era a última vez, entrelaçamos nossos corpos num ato vagaroso, delicioso sem hora para acabar.
Adormeci com Maria Vitória em meus braços, enquanto ela falava sobre os cortes secos que a nova orientadora fizera em sua monografia. Aconselhei que publicasse a pesquisa depois da defesa — com minha revisão.
Ver os olhos dela brilhando na imensidão escura do quarto me trouxe uma certeza: estávamos recomeçando. Não sabia quanto tempo aquilo duraria, mas queria que fosse bom enquanto durasse.
Ela saiu cedo. Tinha estágio. E, embora fosse ruim deixá-la sair da cama, foi... admiravelmente responsável quando chegou a porta.
A luz da manhã entrava tímida pelas cortinas. O sol ainda não aquecia o suficiente pra tirar o frio do peito. Sentei na beirada da cama, sem camisa, celular na mão.
A mensagem de Mavi ainda brilhava na tela:
“Ele me ligou. Disse que