Capítulo 52
Luna
Mariana acordou devagar. Os olhos piscando contra a claridade suave. Eu estava ao lado da cama, observando. Não consegui dormir naquela noite. Fiquei ali, vigiando-a. Como se a qualquer momento ela fosse desaparecer de novo.
— Oi... — ela murmurou, a voz rouca, fraca, mas consciente.
— Oi. — sorri, tentando conter o turbilhão que se formava dentro de mim. — Está segura agora. Ninguém mais vai te machucar.
Ela franziu a testa, tentando se sentar. Me apressei em ajudar, ajeitando os travesseiros atrás das costas dela.
— Onde... onde eu estou?
— Na casa de Dante Moretti. — respondi. — Um dos poucos lugares onde Rivas não pode te alcançar.
Mariana fechou os olhos por um instante ao ouvir aquele nome.
— Ele ainda está vivo, não é?
— Está. — confirmei, seca. — Mas não por muito tempo.
Ela abriu os olhos e me olhou como se me visse pela primeira vez. Não apenas como uma figura familiar, mas como alguém real. Alguém que ela também reconhecia, mesmo que ainda não entendesse o