Capítulo 31
Mariana
Chegamos ao prédio de Luna com uma sobremesa improvisada na sacola e uma pontinha de nervosismo escondida entre os gestos. Henrique segurava minha mão enquanto esperávamos o elevador, e meu coração dançava entre tranquilidade e antecipação.
— Está tudo bem? — ele perguntou, ajeitando a gola da camisa. Tinha colocado uma azul clara, a mesma que usou no nosso último dia de aula. Parecia um presságio bom.
— Um pouco nervosa. Mas tudo bem. Eles são só... minha família. Só isso.
— E você já é minha casa. Então, tudo certo.
Eu sorri. Aquilo bastava.
Quando a porta se abriu, Enzo foi o primeiro a nos receber. Cambaleava no meio do corredor com o rosto lambuzado de chocolate e um pedaço de biscoito na mão.
— Mana! — ele gritou, correndo até mim.
Ajoelhei para recebê-lo no colo. Ele me abraçou com força, depois olhou curioso para Henrique.
— É ele?
— Ele quem? — Henrique entrou na brincadeira, se abaixando também.
— O moço da lasanha.
— O próprio.
— Você trouxe suco?
Rimos