NARRAÇÃO DE SARA...
Estou perdendo o resto da minha sanidade. Não é possível… O homem que tanto temi, aquele ogro que me inspirava medo, que me dera a pior impressão possível, agora me prendia em seus braços, arrancando de mim suspiros e tremores.
Seu beijo tinha gosto de pecado, e quanto mais sua língua explorava a minha, mais eu me rendia. Sua mão firme deslizou por minhas coxas, apertando sem pudor, como se quisesse marcar ali sua posse. Quase gemi, a respiração presa, sentindo meu corpo inteiro arder de desejo.
O cheiro másculo dele me entorpecia. O corpo quente, viril, pressionava-se contra o meu sem a mínima hesitação. Pela primeira vez não disfarçou — sua ereção latejava dura e pulsante contra o centro da minha excitação. Arfei ao sentir a fricção deliciosa, o atrito que me roubava o fôlego.
Fechei os olhos, revirando-os em êxtase, e cravei os dedos em sua nuca, puxando-o para mim. Beijei-o com fome, como se nunca fosse saciar a sede que ele despertava. Meus lábios escorregaram