Capítulo 59 — Verdades que não libertam... Afundam!
Caius Varella
“Tem portas que a gente abre esperando resposta… e encontra mais perguntas.”
A estrada até a mansão parecia longa demais. E ao mesmo tempo... rápida demais. O tipo de caminho que te arrasta junto com ele. O volante nas minhas mãos suava. E não era pelo calor.
Era medo.
Medo do que vinha pela frente.
Medo do que poderia ser verdade.
Medo... de olhar nos olhos da mulher que me abandonou. E descobrir que, talvez, ela tivesse motivo.
Ao meu lado, Selene estava calada. Os olhos fixos na janela, os braços cruzados, o queixo levemente erguido naquele jeito dela...
Aquele jeito de quem parece inabalável, mas carrega um mundo em colapso dentro do peito.
— Estamos quase lá. — murmurei, sem muita certeza se falava pra ela ou pra mim.
Ela assentiu com a cabeça, mas não disse nada.
A localização enviada levava pra uma mansão afastada, escondida entre árvores e seguranças. Alto padrão. Clássico. Antigo. Como uma daquelas casas de família poderosa que sempre souberam demais e disseram