POV Caius Varella
A porta do quarto do hospital se abriu devagar, e uma onda de alívio quase me derrubou. Primeiro entrou Dona Nair, com aquele jeito calmo e acolhedor que só ela sabe ter. O cheiro familiar do perfume dela invadiu o ambiente, e mesmo ali, naquele lugar frio e cheio de máquinas, senti um pouco do calor de casa.
— Selene, minha filha... — a voz dela era um abraço.
Segurei a mão de Selene mais firme, e a vi tentar sorrir, aquela luta para parecer forte.
Logo depois entrou meu sogro, Vicente. O peso nos olhos dele denunciava noites em claro, preocupações que nem ele sabia como lidar. Ele me cumprimentou com um aperto de mão firme, o olhar passando pra Selene.
— Estamos todos juntos nisso — falou com aquela voz dura, mas cheia de um amor que só um pai tem.
Bianca apareceu em seguida, como um furacão de coragem e determinação, a luz que Selene precisava para não sucumbir.
Quando Leonor entrou, meu coração apertou. A mulher que me deu a vida estava ali, frágil e forte ao mesm