Capítulo 31

Os dias começaram a se alongar devagar, como se a primavera se aproximasse sem pressa.

A luz entrava pelas janelas com mais generosidade, esquentando os tapetes, iluminando cada canto que antes parecia frio demais.

Mila acordava cedo, não por obrigação, mas por uma curiosidade que ainda não sabia nomear.

Tinha se tornado rotina: abrir a porta lateral e espiar o pátio que começava a se transformar.

O mato fora arrancado em grande parte.

As pedras haviam reaparecido, revelando um desenho antigo que ela não sabia que existia — linhas retas formando quase um mosaico.

Às vezes, ficava ali por minutos, só observando o chão e imaginando como ficaria com a mesa que compraram.

Outras vezes, se perguntava se aquele pátio não era só uma desculpa para adiar decisões mais difíceis.

Como olhar todas as cartas da mãe.

Como definir o que faria com a própria vida.

Naquela manhã, o ar cheirava a terra úmida e vento fresco.

Mila respirou fundo antes de voltar para dentro.

Na mesa da cozinha, o laptop ab
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