Dante terminou de apertar a última faixa com precisão, os dedos fortes deslizando pelo ombro de Amara com cuidado, mas sem perder a firmeza que sempre o definia. O silêncio entre eles era carregado, cada segundo mais denso, como se o ar tivesse se tornado mais pesado, mais elétrico.
Ele puxou a cadeira para trás, mas não desviou os olhos dela. O cheiro dela — uma mistura de pele quente e perfume sutil — o envolvia, e a proximidade fazia seu corpo reagir de forma incontrolável. Cada respiração dela acelerada aumentava a pressão dentro dele.
— Pronto. — murmurou, a voz grave e rouca, vibrando no ar carregado do quarto.
Amara mordeu o lábio, tentando manter o sarcasmo que usava como escudo. — Achei que fosse me deixar toda enfaixada, sem conseguir me mexer...
Dante contraiu o maxilar, a tensão percorrendo os músculos do pescoço. Ele se inclinou levemente, a mão ainda repousando sobre o ombro dela, firme e intimidadora.
— Não brinca com isso, Amara. — cada palavra soava ameaçadora, c