A noite se acomodou sobre a mansão como um véu silencioso quando Helena deixou Henry dormindo. Quinn a guiou até a cozinha para conhecer a equipe da noite, mas, antes mesmo de entrar, uma voz cortante ecoou pelo corredor.
— Ele ficou com você?
Helena se virou devagar.
Eloise Hartman estava parada na entrada, ainda impecável apesar do salto alto e do vestido justo. O perfume forte anunciava sua presença antes mesmo da expressão gelada que a acompanhava.
Quinn respondeu com calma:
— Henry já está dormindo, senhora Hartman. A rotina correu muito bem.
— E A BABÁ nova acompanhou? — Eloise perguntou, arrastando a palavra “babá” como se fosse algo sujo.
Helena sentiu o estômago contrair, mas manteve o queixo erguido.
— Sim, senhora — disse. — Ele dormiu tranquilo.
Os olhos de Eloise a examinaram como lâminas — de cima a baixo, frios, calculados.
— Interessante — murmurou. — Nunca funciona assim no primeiro dia.
Helena não soube se ela estava surpresa… ou irritada.
Quinn, percebendo o clima,