Helena desceu as escadas com Henry, ainda sonolento, e o menino segurava sua mão com a confiança tímida de quem começava a aceitar a nova rotina.
Quando viraram o corredor, a sala de jantar principal se abriu diante deles como uma pintura meticulosamente composta.
Ethan estava sentado na cabeceira da mesa — elegante, postura firme, o tablet nas mãos.
Eloise ocupava o assento à esquerda dele, maquiagem impecável, mexendo o café com tédio ensaiado.
A mesa parecia saída de revista: frutas cortadas, pão fresco, sucos em jarras translúcidas.
E, naquela composição perfeita, faltava apenas Henry.
O menino soltou a mão dela e correu até o pai.
— Papai…
Ethan levantou os olhos — e por um instante, a dureza habitual se dissolveu.
Não muito, mas o suficiente para que Helena percebesse.
Ele abriu os braços, e Henry se acomodou em seu colo por alguns segundos antes de ser colocado com cuidado na cadeira ao lado.
Helena aproximou-se discretamente, assumindo o lugar de apoio ao lado do me