A manhã em Manhattan ainda esfregava os olhos quando Clara e Rebeca atravessaram a portaria do prédio espelhado da Agency49 como duas tempestades vestidas de perfume caro.
O segurança, já acostumado com a aura das duas, apenas acenou, quase em reverência informal.
— “Hoje vai chover contrato ou só destruição emocional?” — brincou ele.
— “As duas coisas. Uma antes do café, outra antes do almoço.” — Clara respondeu, já com o crachá em mãos.
Rebeca se distraiu logo na entrada, puxada por um entregador bonitão com um buquê enorme que tentava encontrar a tal da “Letícia da contabilidade”.
— “Vou ajudar esse colírio perdido.” — ela disse, dando uma piscadela pra Clara. — “Sobe na frente.”
Clara apenas assentiu, focada, os saltos batendo decididos no mármore claro.
O elevador se abriu vazio.
Ela entrou sozinha.
Aperto automático no botão 49.
A porta fechou.
Mas não se moveu.
Um segundo.
Dois.
E então…
O botão 49 se apagou.
Subitamente, o painel brilhou com ou