As portas do elevador se fecharam… mas o efeito ficou.
Clara caminha pelo saguão da Hudson Tower com passos firmes, mas o coração ainda batendo em um ritmo que ela não gostava de admitir.
- Aquele olhar.
Frio. Intenso. Lento como pecado e quente como ameaça.
O jeito como ele a observou, sem desviar. Sem sorrir. Sem disfarçar.
Dante Navarro não era homem de fazer charme. Ele era o próprio charme, versão arrogante e intocável. O tipo que não elogia — consome. E mesmo assim… ela sentiu o impacto.
Respira fundo. Ajusta o blazer. Coluna reta.
“Você não vai me tirar do eixo. Nem se vier de gravata e pecado engarrafado.”
Ela atravessa a recepção, entra no elevador espelhado que a leva até o 49º. A máscara já voltou ao rosto. Frieza impecável.
Mas lá dentro, em algum lugar entre o desejo e o controle… algo arranhava.
—
No escritório, a energia já era outra.
Rebeca estava sentada na mesa da recepção com cara de quem ia mandar prender alguém.
Nanda, ao lado, discutia com a estagiária sobre o cr