O som da porta se abrindo foi o suficiente para que três corpos emergissem do sofá como hienas farejando carniça emocional.
— “AAAAAAAAAAAAAH ELA CHEGOU!” — gritou Rebeca, já correndo com um copo de vinho na mão e meias felpudas com desenhos de cactos.
Nanda estava na cozinha esquentando pão de alho.
Lívia limpava uma máscara de argila do rosto.
Ícaro estava com os pés sobre a mesa de centro, enrolado numa manta e de kimono acetinado, como uma verdadeira deusa do caos pós-moderno.
Clara entrou.
Vestido trocado por uma camisa social masculina — claramente de Dante —, salto na mão, cabelo solto e o olhar de quem tinha sobrevivido a uma guerra… ou vencido ela.
— “MENINA, TU CHEGOU VIVA!” — Rebeca gritou, entregando o vinho.
Clara pegou, virou metade num gole.
— “Sobrevivi. Quase que não. Mas tô inteira. Mentira. Tô desfeita. Mas com moral.”
Ícaro bateu palminhas:
— “Me dá os detalhes. Todos. Agora. Quero ver o sangue escorrer pela parede!”
Nanda correu com o pão de alho.
Lívia surgiu com