Domingo. 10:14 da manhã.
Clara ainda estava com a cara colada no travesseiro, quando o celular vibrou.
Um número desconhecido.
Mensagem curta. Precisa. Incendiária:
DANTE NAVARRO:
“Sonhei com o gosto da sua pele. Ainda tô com fome.”
Ela piscou, levantou uma sobrancelha e respondeu sem tirar o sarcasmo da cama:
CLARA VALENTINA:
“Interessante… considerando que eu nem te dei meu número.”
A resposta dele veio segundos depois:
DANTE NAVARRO:
“Eu sou Dante Navarro. Quando quero, encontro até receita de bolo da sua avó.”
Clara riu.
Quase… quase achou sexy.
Mas manteve o jogo firme.
CLARA VALENTINA:
“E o que você quer agora, além de pele e receitas?”
DANTE NAVARRO:
“Você. Hoje. 19h. Um jantar sem interrupções, sem apostas. Só nós dois.”
Ela girou na cama, pegou o café que Ícaro deixou na mesinha e digitou com uma lentidão calculada:
CLARA VALENTINA:
“Domingo é das meninas, Dante. Tradicional, inegociável. Prioridade absoluta.”
Demorou mais do que o habitual pra resposta vir.
Quando chegou, fo